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Festival MANA, o maior festival de mulheres da música do Norte, retorna em 2025 para celebrar o protagonismo feminino na música amazônica

Após três anos sem edições, o evento retoma sua agenda anual em Belém, com shows, debates, oficinas, mostra audiovisual, exposição e feiras de economia criativa e gastronômica, reafirmando sua missão de amplificar as vozes das mulheres da Amazônia em sintonia com a COP30


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O Festival MANA é um evento pioneiro da Amazônia, criado para dar protagonismo musical às mulheres da região e, este ano, acontecerá entre os dias 24 a 28 de setembro, em Belém, no Pará. Desde 2017, adota o formato de conferência, reunindo shows, debates e oficinas, que ampliam a discussão para todo o Brasil. O objetivo é fortalecer a conexão entre mulheres e o mercado da música nacional, sempre com o olhar voltado para o protagonismo feminino amazônico — que, desta vez, vive um momento simbólico: o ano da Amazônia na COP30.

 

O Festival volta à atividade após três anos sem edições, e retoma o formato presencial (a última edição ocorreu em formato híbrido) agora com patrocínio da Petrobras, apresentado pelo Ministério da Cultura, via Lei de Incentivo à Cultura, e Governo Federal - Do Lado do Povo Brasileiro. O evento foi um dos 140 contemplados entre mais de oito mil participantes na Chamada Petrobras Cultural Novos Eixos.

 

O primeiro dia terá uma festa de abertura na Cabôca, com ingressos vendidos a preços populares e apresentação da LEOA, artista ex-integrante do projeto Luísa e Os Alquimistas, além do show do Grupo de Carimbó Sereia do Mar convidando a Mestra Iolanda do Pilão, do samba de cacete, e discotecagem de Nat Esquema. Nas demais datas, a programação será totalmente gratuita e se dividirá entre dois palcos: o Palco Petrobras e o Palco do Teatro Gasômetro, no Parque da Residência, um parque-teatro na cidade de Belém, montado na ex-residência oficial dos governadores do Pará, onde hoje funciona a Secretária de Cultura do Estado.

 

Por ter nascido na Amazônia, o festival garante o protagonismo das mulheres da região. A maioria dos shows será composta por artistas amazônidas (como o show inédito DDD91, Suraras do Tapajós convida Amanda Pacífico, Charme do Choro e Mariza Black), assim como as painelistas e participantes dos debates. Simultaneamente, o evento promove conexões com personalidades oriundas de outras partes do Brasil — como Mãeana (Rio de Janeiro), Juliana Linhares (Rio Grande do Norte), banda Tocaia (Rio de Janeiro), Célia Sampaio e Núbia (Maranhão) — para consolidar o diálogo entre artistas de diferentes regiões do país.

 

“A força do festival está na soma de saberes, trajetórias e talentos. Quando colocamos lado a lado artistas, produtoras, técnicas, jornalistas e tantas outras mulheres, criamos um espaço de resistência e inspiração que reverbera para além da Região Amazônica. Queremos que essa energia continue ecoando ano após ano, fazendo de Belém um polo de referência na música e na cultura protagonizada por mulheres”, diz Aíla, cantora, compositora, pesquisadora, diretora artística e cofundadora do Festival MANA.

 

Mais do que um festival, o MANA é um espaço para debates, trocas e experiências criativas que unem oficinas e palcos em formato de conferência. Compartilhando os mesmos valores de união e fortalecimento feminino, nesta edição o evento celebra a sintonia com o Women’s Music Event (WME), plataforma dedicada a dar visibilidade às mulheres da música que acontece em São Paulo, por meio da participação de suas fundadoras Cláudia Assef e Monique Dardenne. Esta presença na programação reforça essa sinergia em prol da amplificação da voz das mulheres no mercado da música.Será montada no Parque da Residência uma mostra de artes visuais que ocupará o espaço de forma inovadora e múltipla. No parque, um cubo de LED funcionará como uma grande escultura digital, exibindo obras de artistas visuais amazônidas em uma experiência imersiva. Além disso, a exposição contará também com obras impressas, que estarão distribuídas pelo parque e no coreto, ampliando o diálogo entre arte contemporânea e a tecnologia.Complementando a programação, haverá feiras gastronômica e de empreendedorismo feminino, reunindo sabores e iniciativas criativas regionais. 


O Festival MANA também terá uma mostra audiovisual no dia 28 de setembro (domingo), com curadoria de Zienhe Castro, que atua há décadas e representa a resistência do cinema amazônico, idealizadora do Festival Pan-Amazônico de cinema e do Amazônia Flix. O recorte da programação aborda música, Amazônia e o protagonismo feminino, com dois longas, seis curtas e seis videoclipes. 


Entre eles, destaque para Mestras, documentário que resgata a trajetória de três grandes mestras da cultura popular do Pará, do samba de cacete ao carimbó — primeiro longa do estado selecionado para o Festival de Gramado (2024), e premiado em diversos festivais audiovisuais. Haverá debate sobre esse assunto em um dos painéis do MANA, sob o tema As Mestras da Música são Mestras da Vida, com participação das mestras Iolanda do Pilão e Bigica, da cantora e compositora Dona Onete e mediação da jornalista amazônida Jalília Messias.

 

“Com a COP30 colocando a Amazônia no centro das discussões, o festival retoma agora seu protagonismo, buscando se consolidar como um evento anual. Nosso maior desafio, e também nosso compromisso, é dar continuidade a essa rede de potência e pluralidade construída por mulheres da Amazônia. A cada edição, fica mais evidente o quanto esses trabalhos movimentam não só a cena musical, mas todo um ecossistema criativo que precisa ser fortalecido”, diz Roberta Carvalho, artista visual, diretora artística e co-criadora do Festival MANA.

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